LEDs dedicados apontam novos caminhos para otimizar consumo e reduzir impactos ambientais
LEDs dedicados apontam novos caminhos para otimizar consumo e reduzir impactos ambientais
Considerado um dos avanços mais significativos nos últimos anos na iluminação, o LED segue ampliando as possibilidades de benefícios para usuários e para o meio ambiente e movimentando a área com projeções positivas para os próximos anos.
No mês passado, o texto LED e conectividade impulsionam crescimento do setor de iluminação; veja os desafios e oportunidades para 2024, publicado neste espaço, destacou a previsão de crescimento global de mercado de US$ 111 bilhões para US$ 191 bilhões nos próximos cinco anos; e trouxe informações sobre como a tecnologia tem possibilitado novas descobertas e facilidades, entre elas, a integração com ferramentas digitais de inteligência e controle.
Em meio a esse cenário, os LEDs dedicados, que possuem espectros específicos que permitem desde realçar as características de determinados espaços, como aquários e vitrines, até impulsionar o cultivo de flores, têm chamado a atenção de players e apontado os próximos avanços na área.
A matéria Eficiência e produtividade são objetivos de pesquisa com luminária LED para cultivo de flores, publicada no Portal do Agronegócio, no ano passado, por exemplo, destacou o projeto chamado Desenvolvimento de espectro luminoso dedicado e de sistema de iluminação ‘Grow Light’ para cultivo de plantas, fruto da parceria da Universidade Federal de Santa Maria com uma empresa do setor também localizada no Rio Grande do Sul.
De acordo com o texto, “a contribuição da iluminação aplicada ao cultivo de plantas é realizada por meio do uso de espectros luminosos dedicados e energeticamente eficientes nas cores branco, lilás e vermelho. As luminárias de LEDs são compostas por corpos e dissipadores de calor em alumínio, drivers full-range IP66 de alta eficiência com corrente de saída dimerizável, que fornecem energia aos LEDs, além de lente específica para aplicação em horticultura, mantendo os valores de transmitância e ângulos de abertura da luz em conformidade com as necessidades das diversas espécies de plantas a serem cultivadas”. O objetivo é otimizar a qualidade e a produtividade possibilitando que a atividade seja realizada em ambientes indoor. O estudo tem previsão de conclusão no primeiro semestre deste ano.
Outras tendências
Mas não é apenas esta novidade que tem sido desenvolvida no mercado de LED. Em entrevista para a Expolux, Vicente Scopacasa, presidente da Sociedade Brasileira de Luz e Iluminação (SBLuz), abordou outras tendências. Uma delas, envolve mudança na obtenção da luz branca, uma das características da tecnologia.
“Atualmente, o espectro de luz é resultado da geração de luz azul convertida em branca por materiais fosforescentes. Mas, organismos de pesquisa e estudos indicam que a tendência da iluminação do futuro é a obtenção da luz branca através da mescla de LEDs coloridos, o que resulta em maior controle do espectro da luz, melhora da eficácia luminosa e uma redução ainda maior dos impactos ambientais, em função da diminuição da energia elétrica necessária no processo. Já vemos vários projetos sendo realizados desta forma”, ressalta Scopacasa.
O executivo ainda destaca que, neste movimento, a utilização de microLEDs coloridos estão cada vez mais ganhando espaço. Eles possibilitam substituir o emprego de componentes fosforescentes, ampliando ainda mais a preservação da natureza.
Curiosidade: o termo microLed também é conhecido por profissionais do setor eletroeletrônico já que a tecnologia é empregada em telas de alguns modelos de televisão e monitores, reforçando a qualidade das imagens, com cores mais nítidas e maior brilho.
Características:
Além de melhor qualidade na iluminação e menor consumo energético, outras características justificam a escolha do LED como um dos principais recursos para compor os projetos atuais. Uma delas é a possibilidade de minimizar os impactos ambientais. A tecnologia proporciona reduzir a emissão de CO2 em comparação com as lâmpadas incandescentes, por exemplo.
O executivo explica que “os componentes são semicondutores, o que confere alta confiabilidade e qualidade em termos de desempenho e durabilidade, desde que sejam utilizados de forma correta nos projetos. O controle da corrente elétrica e da temperatura de operação são fatores preponderantes para garantir tanto o desempenho quanto a durabilidade”.
Outro diferencial, segundo o especialista, é a flexibilidade que os LEDs proporcionam, possibilitando o gerenciamento do tipo de dimerização, troca de temperatura de cor e criação de cenas de iluminação, além da facilidade de integração com sistemas de automação e controle em ambientes residenciais e corporativos.
Expolux 2024
As atuais tendências de iluminação para ambientes industriais, residenciais, comerciais e espaços públicos ganharão destaque na Expolux, em apresentações de lançamentos e soluções no espaço expositivo e nas palestras nas áreas de conteúdos. Para saber mais continue acompanhando o site oficial https://www.expolux.com.br/pt-br.html.
O evento acontecerá de 17 a 20 de setembro, no Pavilhão do Expo Center Norte, em São Paulo.