De acordo com relatório Tamanho do mercado de iluminação LED e análise de participação – tendências e previsões de crescimento (2024-2029), da Mordor Intelligence, o mercado de iluminação LED, avaliado em aproximadamente US$ 111 bilhões, deverá alcançar a marca de US$ 191 bilhões em cinco anos em âmbito global, o que corresponde ao crescimento de CAGR (Compound Anual Growth Rate ou Taxa de crescimento anual composta, em tradução) em 11,35%. 

O componente está entre os fatores de impulso do setor, já que possibilita melhor integração com sistemas de inteligência, destaca a publicação. Em meio a esse cenário, o acionamento por comando de voz ou por aplicativo e a possibilidade de fazer a captação e análise de dados de consumo dos usuários são realidade e impulsionam ainda mais critérios como eficiência energética, segurança, luminosidade adequada do espaço, bem-estar, conforto e saúde das pessoas.

Em evento recente da construção civil, a FEICON 2024, por exemplo, visitantes puderam conferir avanços em conectividade que mostraram ser possível controlar as funcionalidades de iluminação de uma residência, comércio ou empresa à distância. O fato é que as novidades são muitas e as possibilidades de desenvolvimento ainda maiores.

Consultado pelo site para destacar as projeções do setor nacional para 2024, Marco Poli, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (ABILUX), explica que “a utilização de tecnologia em iluminação descortina um segmento muito promissor que tem sido trabalhado em nichos. O potencial é enorme, mas exige um aculturamento tanto dos benefícios como das soluções aplicáveis. As oportunidades de negócios são muito grandes considerando as soluções inovadoras que podem ser aplicadas em todas as instalações existentes. Além disso, a chegada da inteligência artificial reforçará a otimização na utilização da luz tanto em espaços públicos como privados, reduzindo o desperdício e melhor atendendo aos cidadãos”.

Mas o desafio não pára por aí. O especialista também chama a atenção para outros movimentos, como a necessidade crescente por projetos sustentáveis, que, assim como em outros mercados, tem mobilizado os players na criação de soluções. “O conceito se mantém com destaque no setor de iluminação. A ABILUX, há longo tempo tem atuado no desenvolvimento e aplicação de eficiência energética. Destaca-se que a indústria nacional passou a utilizar a tecnologia de fontes de luz de LED e, nesse período, evoluiu e mais do que dobrou a eficiência quando comparada com as antigas fontes”, afirma.

O diretor ainda acrescenta que, no cenário atual, itens de menor impacto ambiental seguirão pautando o mercado, “estamos no desenvolvimento de novos aparelhos de iluminação utilizando materiais modernos e amigáveis em relação ao meio ambiente. Adicionalmente, os sistemas de iluminação com dispositivos de controle, sensores de luz e de presença podem alcançar maior eficiência na utilização da energia elétrica contribuindo, assim, para redução na pegada de carbono”.

Outro fator que segue impulsionando a área é a preocupação com saúde, conforto e qualidade de vida.  “É algo que tem sido expandido, por exemplo, com luminárias adequadas para atender às demandas do ciclo circadiano, resultando em bem-estar, produtividade e lazer das pessoas. Entre as novidades, além das melhorias nos aparelhos de iluminação, estão os sensores e programadores de cenários para as mais diversas necessidades”, diz Poli. 

A iluminação pública também tem movimentado o setor. As Parcerias Público- Privadas (PPPs) têm promovido modernização dos parques urbanos em grandes centros e também em municípios de diferentes regiões do Brasil. Considerada umas das vias mais conhecidas da América Latina, a Avenida Paulista, por exemplo, recebeu novo projeto em janeiro deste ano, que aliou design e funcionalidade,  segundo informações divulgadas pela Prefeitura de São Paulo.

Os postes passaram a ter 7,5 metros de altura, 2,5 metros a mais em comparação com os anteriores. Além da mudança no layout, foram instaladas 460 luminárias LED de 190 watts, resultando em um ganho de iluminação de 104% nos 2,8 km de extensão.

De acordo com Poli, um retrato atual da iluminação urbana mostra que “as luminárias públicas têm utilizado LEDs de maior eficiência, com fontes de alimentação controláveis, inclusive com gerenciamento remoto. O uso de componentes mais eficientes e luminárias mais leves contribuem para a redução de custos e permitem soluções criativas de design”.

Estas são apenas algumas das oportunidades que seguirão em alta no mercado. Além delas,  tecnologias recentes e também debates sobre temas atuais que estão mobilizando especialistas, representantes da iniciativa privada, administradores públicos, lighting designers, arquitetos e engenheiros estarão na programação da Expolux. O evento internacional da iluminação acontecerá de 17 a 20 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Anote na agenda e acompanhe de perto os lançamentos do setor. Informações em https://www.expolux.com.br/pt-br.html.