Neuroiluminação: a técnica que considera a relação entre luz e indivíduo
A neuroiluminação é uma prática cada vez mais presente em projetos arquitetônicos corporativos e residenciais. Na prática, essa frente da neuroarquitetura considera a relação entre luz e indivíduo, de modo a explorar a iluminação para estimular determinadas sensações ou destacar aspectos de uma obra.
Em ambientes corporativos, o uso da luz busca limitar a serotonina para gerar mais produtividade entre os colaboradores. Por outro lado, a iluminação em residências pode ser responsável por criar um espaço acolhedor e confortável aos moradores.
Esses são apenas alguns exemplos básicos sobre o tema. Para entender melhor, o IPOG preparou este artigo com tudo o que você precisa saber sobre neuroiluminação, desde o conceito até a aplicação prática em projetos.
O que é neuroiluminação?
A neuroiluminação é um aspecto da neuroarquitetura que explora o ciclo circadiano, que leva em conta o impacto da luz no cérebro.
O ciclo circadiano considera os diferentes tipos de iluminação que o sol apresenta durante os dias. A partir disso, sabe-se que os dias se iniciam com luzes com traços mais amarelados no começo da manhã e ao entardecer, gerando conforto ao indivíduo.
Por outro lado, ao alcançar o ápice da iluminação natural, as luzes ganham força e ficam mais azuladas. Ao contrário das cores mais amareladas, o azul deixa o corpo em alerta e limita a produção de serotonina, hormônio relacionado ao bem-estar e ao sono.
Assim, em termos práticos, os períodos da manhã e do fim de tarde têm 2.700 k a 4.000 k, enquanto o sol quando alcança o seu período mais forte chega a 6.500 k.
Dessa forma, o profissional que tem conhecimento em neuroiluminação explora essa mudança do ambiente de acordo com o projeto arquitetônico. Ele consegue trabalhar com a temperatura das luzes para gerar estímulos naturais sem implicar aumentos de orçamento.
Características da neuroiluminação
A neuroiluminação é baseada em saber aproveitar a luz natural e em usar outras soluções digitais, como as lâmpadas inteligentes, que acompanham a iluminação de acordo com o horário do dia.
Os projetos que utilizam a neuroiluminação têm alta procura, tanto para projetos corporativos quanto residenciais. As principais características da técnica são:
- uso de janelas e envidraçamento de ambientes;
- economia de recursos;
- uso de estímulos naturais;
- exploração de aspectos visuais, emocionais e biológicos;
- promoção do bem-estar;
- oferecer leitura cognitiva condizente com a experiência desejada para o ambiente.
Visualmente, a iluminação consegue evidenciar certos espaços dentro de um ambiente. Por exemplo, é possível destacar o logo da empresa, sendo a primeira coisa a ser vista ao entrar em um ambiente. Para isso, basta contrastar a iluminação principal do ambiente.
Por outro lado, há também os aspectos subjetivos da iluminação. Por meio da psicologia das cores é possível provocar sentimentos, enfatizando espaços e detalhes de um cômodo.
Já o aspecto biológico da neuroiluminação explora as características hormonais do corpo humano. Por meio das luzes, o arquiteto ou o designer de interiores consegue gerar estímulos específicos que exploram o ciclo circadiano, tendo em mente o objetivo do projeto.
Este é um conteúdo de curadoria RX sobre neuroiluminação. Para continuar lendo, acesse o Blog IPOG.