Descubra o que nunca te falaram sobre a iluminação de uma cozinha!
A arquiteta e colunista Nicole Gomes levanta quatro sugestões de como iluminar e destacar os pontos fortes deste ambiente
Uma cozinha moderna e 100% integrada pede uma iluminação que mantenha esse conceito. Nesse projeto de Barbara Jalles, as luminárias lineares foram embutidas nas ripas da marcenaria. Foto: Rafael Renzo / Divulgação.
Sei que é difícil de imaginar, mas a cozinha já foi considerada uma área de serviço, pouco atrativa. Historicamente falando, durante o período colonial no Brasil, elas ficavam afastadas das áreas sociais e íntimas. Se, fisicamente, as cozinhas estavam em segundo plano, imagine a parte luminotécnica!
Com o passar dos anos e do grande BOOM tecnológico, esses espaços começaram a ganhar vez na realização do projeto, cada vez mais integrados. Nesta época, o espaço já não estava mais sendo construído apenas para realizar refeições diárias, mas, também, para promover momentos de interação com membros da família e amigos.
Mas o que a iluminação tem a ver com isso? TUDO! É através da luz que conseguimos deixar o ambiente mais aconchegante e visualmente integrado. Para fazer isso, a primeira atitude é elaborar um conceito que será o ponto de partida. Não estou falando somente sobre a cor da luz, mas também do estilo de luminárias. Afinal, a iluminação também é responsável por dar aquele ar contínuo e sem quebras ao ambiente.
Abaixo, levantei algumas dicas importantes para você iluminar e destacar os pontos fortes da sua cozinha!
1. Ilumine a bancada
Se a luz central fica atrás de você, ela gera sombra na bancada de trabalho. Por isso, sempre indico colocar uma iluminação de apoio na bancada. A luminosidade na marcenaria ou no teto, direcionada para a bancada, é um circuito essencial para dar suporte a essa área de trabalho.
Você pode aplicar essa solução de várias formas. A mais comum é usando perfil de LED. Ele traz um efeito de linearidade, que ilumina a banca e destaca o revestimento. Essa opção pode ser embutida na marcenaria ou sobreposta, caso você já tenha tudo pronto.
A segunda forma é uma luminária de clip. Ela possui uma garra que permite fixá-la e direcionar o foco de luz para onde quiser. Outra opção é usar uma peça embutida ou de sobrepor no teto para direcionar a luz para o espaço.
2. Atenção à temperatura da cor
O tempo passou, mas alguns mitos ainda permaneceram. Você já ouviu falar que cozinha precisa de tonalidade fria? Será que realmente precisa? Responda-me algumas perguntas: a pessoa que mora ali é cozinheira ou trabalha vendendo bolos para fora? Seu local de trabalho é aquele ambiente? Se a resposta for não, a tonalidade não precisa ser fria.
Temperatura de cor está ligada à percepção do ambiente e das sensações. A luz quente (amarela) traz um ar de acolhimento e aconchego, já a fria (branca) promove um ar mais gélido, instigando o nosso corpo a ter mais foco e atenção.
Qual sensação você quer para a sua cozinha? Meu conselho é sempre usar a mesma tonalidade de cor em todos os ambientes da casa, sendo os cômodos integrados ou não. Dessa forma, é possível promover mais unidade ao projeto. Caso você tenha demanda de uma luz neutra para trabalho, faça um circuito separado.
Este é um conteúdo de curadoria RX sobre iluminação decorativa. Para continuar lendo, acesse o portal da Revista Casa e Jardim.